John
dos Passos (1896-1970) é um curioso caso de escritor que começou com um
viés de esquerda e foi mudando até chegar no ultraconservadorismo
direitista. Na obra "A Conspiracy so immense: The World of Joe McCarthy,
escrita por David M. Oshinky há um trecho no qual o autor cita John Dos
Passos quando ele estava aliado aos movimentos de esquerda, na época
ele era um dos escritores que fazia campanha para William Z. Foster
(1881-1961) em 1932, político marxista que fez parte do Partido
Comunista dos EUA, fundado em 1919.
Se
aproveitando da crise em 1929 com a famosa quebra da bolsa de Nova
Iorque os comunistas tentaram eleger William Z. Foster contando com a
ajuda de escritores como John Dos Passos, Granville Hicks (1901-1982) e Erskine Caldwell (1903-1987), mas não obtiveram sucesso.
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Trecho
retirado do artido A Política de John dos Passos escrito por Granville
Hicks no qual ele cita o caso de John Dos Passos e sua desilusão com a
esquerda. [ Disponível no site JSTOR]
A
curiosidade para pesquisar sobre John dos Passos veio através da
leitura sobre o magnata John Pierpon Morgan (1837-1913), que aparece em
um dos livros da Trilogia USA escrita por Dos Passos no qual faz crítica
ao sistema financeiro norte-americano e ao capitalismo, livros escritos
na época em que Dos Passos ainda partilhava da ideologia de esquerda. A
trilogia é composta pelos livros Paralelo 42 (1930), 1919 (1932) e O
Grande Capital (1936).
John
dos Passos esteve no Brasil pela primeira vez em 1948, e depois
retornou em 1958 e 1962. Entrevistou Juscelino Kubitscheck (1902-1976)
durante a construção de Brasília e escreveu a obra "Brasil em Movimento"
lançada em 1963.
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