O Woodstock 99, realizado entre os dias 22 e 25 de julho de 1999, em Rome, Nova York, foi uma tentativa de recriar a magia do festival original de 1969, mas acabou se tornando um evento caótico, violento e marcado por polêmicas, incluindo denúncias de estupros, incêndios, destruição e colapsos na organização.
Com um público de cerca de 400.000 pessoas, o festival foi marcado por falta de infraestrutura, preços abusivos, calor extremo e um clima de tensão crescente, culminando em atos de vandalismo e violência.
🔥 O Papel das Bandas na Violência do Festival
O lineup do Woodstock 99 trouxe bandas conhecidas por seu som agressivo e letras revoltadas, o que contrastava com a mensagem de paz e amor do festival original. Algumas apresentações ficaram marcadas pelo comportamento violento da plateia e a resposta incitadora de alguns músicos.
Limp Bizkit – O Estopim do Caos
A banda Limp Bizkit, liderada por Fred Durst, fez um dos shows mais intensos do evento, apresentando músicas como Break Stuff e Nookie. A multidão já estava exaltada e, durante a performance, Durst incentivou o público a "destruir tudo ao seu redor", levando a uma explosão de violência, quebra-quebra e agressões.
Rage Against the Machine – Protesto em Chamas
O Rage Against the Machine, banda conhecida por suas letras politizadas e críticas ao sistema, encerrou seu show queimando uma bandeira dos EUA no palco, o que aumentou ainda mais a tensão no festival.
Red Hot Chili Peppers – O Estopim para os Incêndios
No último dia do festival, o Red Hot Chili Peppers fez um show caótico, no qual a organização distribuiu velas ao público em memória das vítimas de Columbine. O que deveria ser um momento simbólico rapidamente saiu de controle, com a plateia usando as velas para atear fogo em estruturas do festival. O cenário de fogo, destruição e saques foi agravado pela performance de Fire, cover de Jimi Hendrix, que os Chili Peppers tocaram enquanto chamas consumiam partes do festival.
⚠️ Estupros e Violência Sexual no Woodstock 99
Além da destruição material, Woodstock 99 ficou marcado por diversas denúncias de estupro e abuso sexual.
- Múltiplos relatos indicam que mulheres foram assediadas, tocadas sem consentimento e agredidas em meio à multidão.
- Durante a apresentação de bandas como Limp Bizkit e Korn, muitas mulheres foram levantadas para "crowd surfing" (ser carregadas pela multidão), sendo apalpadas e violentadas enquanto passavam pelo público.
- Segundo a polícia e relatos de testemunhas, pelo menos cinco casos de estupro foram registrados, incluindo agressões dentro de barracas e até no meio da multidão.
- Em um dos episódios mais chocantes, uma jovem foi violentada por um grupo de homens dentro de um trailer.
A falta de segurança e organização agravou a situação. O número de seguranças era insuficiente, e muitos foram flagrados assediando mulheres ao invés de protegê-las.
🌪️ Conclusão: O Fracasso de um Festival Lendário
O Woodstock 99, que deveria celebrar a paz e a música, se tornou um símbolo de tudo que pode dar errado em um festival mal planejado. Entre as principais falhas estavam:
O festival terminou com um saldo trágico, destruindo a reputação de Woodstock como um evento pacífico e fazendo com que nunca mais houvesse uma nova edição oficial.
O documentário "Trainwreck: Woodstock '99", da Netflix, e a série da HBO "Woodstock 99: Peace, Love, and Rage", exploram os detalhes desse desastre, trazendo entrevistas e imagens impactantes.
Woodstock 99 é lembrado como um dos maiores desastres da história da música, um evento que revelou o lado sombrio da cultura dos anos 90 e a falha total da organização em garantir a segurança e o bem-estar dos participantes.
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