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O Suffocation é uma das bandas mais seminais e influentes do death metal, originária de Long Island, Nova York. Eles são amplamente creditados por serem pioneiros do brutal death metal e por desenvolverem o que viria a ser conhecido como technical death metal, graças à sua abordagem musical complexa e implacavelmente pesada.
Anos de atividade: 1988 –1998; 2003–presente.
Estética Visual e Sonora
A estética do Suffocation é intrinsecamente ligada à sua música: brutal, sombria e sem frescuras. Visualmente, as capas de seus álbuns geralmente apresentam arte macabra e grotesca, explorando temas de horror, mitologia e depravação, muitas vezes com um toque de ficção científica ou elementos cósmicos. É uma estética que complementa perfeitamente a intensidade de sua sonoridade.
Sonoramente, o Suffocation é reconhecido por:
- Vocais Guturais Extremamente Profundos: A marca registrada de Frank Mullen (ex-vocalista) é um dos grunhidos mais cavernosos e incompreensíveis do death metal, que estabeleceu um padrão para o gênero.
- Riffs Pesados e Complexos: As guitarras de Terrance Hobbs e Doug Cerrito (e posteriormente Guy Marchais e Charlie Errigo) são cheias de riffs intrincados, dissonantes e cheios de palhetadas rápidas, com afinações baixas que criam uma parede de som massiva.
- Quebras ("Slam" Riffs): O Suffocation popularizou o uso de "slams" ou "breakdowns" no death metal, seções mais lentas e pesadas que são perfeitas para headbanging e mosh. Eles têm uma cadência esmagadora que é inconfundível.
- Bateria Veloz e Precisa: A bateria de Mike Smith (e mais tarde Eric Morotti) é lendária, com blast beats velozes e padrões rítmicos complexos que dão uma base implacável à música. O "Smithblast" é um termo informal para um tipo de blast beat que ele ajudou a popularizar.
- Progressões Complexas: Apesar da brutalidade, as músicas do Suffocation são estruturadas de forma sofisticada, com mudanças de tempo inesperadas e arranjos intrincados que demonstram uma habilidade técnica impressionante.
Comentário sobre os Álbuns de Estúdio
- Human Waste (EP, 1991) & Effigy of the Forgotten (1991): O Effigy é frequentemente citado como um marco. Ele solidificou o som do Suffocation com a introdução dos "slams" e a brutalidade técnica que influenciou inúmeras bandas. O EP Human Waste já dava um vislumbre do que viria.
- Breeding the Spawn (1993): Apesar de ter uma produção um pouco "crua" que dividiu opiniões, musicalmente é um álbum denso e complexo, com composições que mantêm a linha de brutalidade técnica.
- Pierced from Within (1995): Muitos consideram este o ápice da primeira fase da banda. É um álbum extremamente técnico, agressivo e com uma produção mais polida que Breeding the Spawn. Essencial para fãs de death metal técnico.
- Souls to Deny (2004): Após um hiato, o retorno do Suffocation manteve a essência da banda, com a mesma brutalidade e complexidade, mostrando que a pausa não diminuiu seu poder.
- Suffocation (2006): O álbum autointitulado é outro exemplo da consistência da banda, entregando mais do death metal esmagador e técnico pelo qual são conhecidos, com uma produção poderosa.
- Blood Oath (2009): Continuou a trajetória de brutalidade e técnica, com riffs memoráveis e a performance vocal característica de Frank Mullen.
- Pinnacle of Bedlam (2013): Considerado por muitos como um dos melhores álbuns pós-reunião, Pinnacle of Bedlam é uma aula de brutalidade controlada e técnica impecável, com Frank Mullen entregando uma das suas melhores performances.
- ...Of the Dark Light (2017): Este álbum viu algumas mudanças na formação, mas manteve a sonoridade clássica do Suffocation, com riffs pesados e passagens complexas.
- Hymns from the Apocrypha (2023): O álbum mais recente marca a estreia de Ricky Myers nos vocais e mostra a banda explorando um som mais orgânico e old-school na produção, sem perder a brutalidade e a complexidade que os definem.
Temática das Letras
As letras do Suffocation geralmente abordam temas sombrios e filosóficos, distanciando-se do gore explícito de muitas bandas de death metal. Eles exploram conceitos como:
- Existencialismo e Niilismo: A futilidade da existência, a insignificância da humanidade no universo.
- Religião e Anti-Religião: Questionamentos sobre fé, dogmas, e a hipocrisia de instituições religiosas, muitas vezes com um tom blasfemo ou apocalíptico.
- Mitologia e Ocultismo: Referências a criaturas e lendas de diversas culturas, bem como conceitos esotéricos.
- Horror Cósmico: Inspirados em autores como H.P. Lovecraft, abordando entidades e horrores além da compreensão humana.
- Violência e Depravação Humana: Embora não seja o foco principal, a brutalidade lírica é usada para expressar a escuridão da condição humana.
Curiosidades da Banda
- Pioneiros do Slam Death Metal: O Suffocation é amplamente reconhecido por ser uma das bandas que desenvolveram e popularizaram o "slam" no death metal, influenciando inúmeras bandas do gênero, especialmente no cenário de Nova York.
- Influência Massiva: A banda é citada como influência por diversas bandas de death metal técnico e brutal em todo o mundo. Seu som ajudou a moldar o subgênero.
- Frank Mullen e seus vocais icônicos: Frank Mullen é uma figura lendária no death metal por seus vocais guturais únicos e por sua presença de palco carismática, muitas vezes gesticulando de forma expressiva enquanto grunhia. Ele se aposentou das turnês em tempo integral, mas participou de gravações recentes.
- Consistência Musical: Apesar das mudanças de formação e da longa carreira, o Suffocation é notável por manter uma consistência na qualidade e na brutalidade de sua música, sem grandes desvios de seu estilo característico.
- Respeito na Cena Metal: A banda é universalmente respeitada por músicos e fãs de metal extremo por sua integridade, inovação e pela qualidade inquestionável de sua discografia.
O Suffocation não é apenas uma banda, é uma instituição no death metal, e sua contribuição para o gênero é imensurável.
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