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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

"LEAVE ME BE" - MÚSICA DA BANDA DISRUPT (1987-1994)

 

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A música Leave Me Be, da banda Disrupt, é uma representação visceral da alienação e do medo gerado pela violência urbana e pela degradação moral da sociedade. Filosoficamente, a letra reflete uma visão pessimista da convivência humana, onde o indivíduo sente-se acuado, paranoico e sem controle sobre o próprio destino. A repetição da frase "Just leave me be" funciona como um grito de desespero contra uma realidade opressora, onde sair de casa se tornou um risco constante. O eu lírico questiona se será a próxima vítima da brutalidade cotidiana, o que evidencia uma completa falta de segurança e estabilidade em seu ambiente. Esse sentimento de angústia é um reflexo direto de uma sociedade onde a violência se normalizou, levando os indivíduos a um estado de hipervigilância e isolamento social.

Literariamente, a letra se destaca por sua simplicidade e objetividade, utilizando uma linguagem crua e direta para transmitir a sensação de sufocamento e desesperança. O uso de perguntas retóricas como "Will I be shot by a punk with a gun? Will I be mugged for the change in my pocket?" reforça a paranoia constante vivida pelo eu lírico, transformando sua experiência pessoal em um relato coletivo de medo e insegurança. A repetição de palavras e frases curtas intensifica o impacto emocional da música, dando a impressão de que os pensamentos são abruptos e desesperados. A ausência de metáforas elaboradas ou construções poéticas sofisticadas torna a mensagem ainda mais brutal, capturando a essência do crust punk: uma denúncia direta e sem rodeios da realidade social.

Musicalmente, Leave Me Be segue a estética agressiva e caótica do Disrupt, com guitarras distorcidas, bateria acelerada e vocais ríspidos que traduzem a revolta contida na letra. O instrumental curto e direto reflete a urgência da mensagem, sem espaço para divagações ou complexidades estruturais. A energia visceral da música cria um sentimento de inquietação e desconforto, levando o ouvinte a experimentar, mesmo que por breves minutos, a claustrofobia e o desespero do eu lírico. Essa fusão entre letra e sonoridade faz de Leave Me Be uma poderosa representação da alienação e da ansiedade contemporânea, onde o indivíduo se sente cada vez mais impotente diante de um mundo que não oferece segurança, apenas um ciclo de medo e violência sem fim.

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Leave Me Be

Disrupt

The state of this world has rendered me scared

Afraid to go outside, i've grown paranoid

The senseless violence, the brutal crimes have driven me inside as our morals regress

Just leave me be, leave me be

Will i be shot by a punk with a gun?

Will i be mugged for the change in my pocket?

I'm sick an tired of feeling this way

These disturbed thoughts surface every day

I don't bother anyone, i keep to myself

So why the fuck don't you just leave me alone?


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domingo, 9 de fevereiro de 2025

THE STRANGLERS (1974 - )

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Banda: The Stranglers

Minha canção preferida: Golden Brown (Spotify) (1981 lançada no álbum La Folie)

Stranglers Official Site

The Stranglers é uma banda britânica formada em 1974, na Inglaterra, e inicialmente associada ao punk rock. No entanto, seu som sempre teve influências de rock progressivo, pós-punk e new wave, destacando-se pelo uso intenso de teclados, baixo marcante e letras provocativas. O grupo teve diversos sucessos ao longo das décadas, incluindo músicas como "Golden Brown", "No More Heroes" e "Always the Sun".

O vocalista e guitarrista original, Hugh Cornwell, deixou a banda em 1990, mas Jean-Jacques Burnel (baixo, vocais) continuou liderando o grupo, mantendo sua essência e energia ao longo dos anos. Mesmo com mudanças na formação, o The Stranglers seguiu ativo, lançando álbuns e se apresentando ao vivo.

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Álbuns de Estúdio 

  1. Rattus Norvegicus (1977)
  2. No More Heroes (1977)
  3. Black and White (1978)
  4. The Raven (1979)
  5. The Gospel According to the Meninblack (1981)
  6. La Folie (1981)
  7. Feline (1983)
  8. Aural Sculpture (1984)
  9. Dreamtime (1986)
  10. 10 (1990)
  11. Stranglers in the Night (1992)
  12. About Time (1995)
  13. Written in Red (1997)
  14. Coup de Grace (1998)
  15. Norfolk Coast (2004)
  16. Suite XVI (2006)
  17. Giants (2012)
  18. Dark Matters (2021)
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Temáticas das Canções 

As letras do The Stranglers são conhecidas por sua crítica social, ironia e simbolismo, abordando diversos temas:

  • Política e rebeldia → Músicas como No More Heroes fazem referência a figuras históricas e questionam o status quo.
  • Sociedade e decadência urbanaPeaches e Duchess exploram a cultura urbana e os problemas da sociedade moderna.
  • Psicodelia e espiritualidade → O álbum The Gospel According to the Meninblack tem temas ligados a conspirações e ocultismo.
  • Amor e relacionamentosGolden Brown e Always the Sun são exemplos de canções com um tom mais melancólico e introspectivo.
  • Ficção científica e surrealismoThe Raven e Meninblack exploram temas incomuns e conceitos futuristas.

The Stranglers é uma banda que transcendeu o punk, criando um som único e atemporal, misturando agressividade e sofisticação em suas composições. Seu legado continua influenciando diversas gerações do rock alternativo.

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terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Gouge Away - Deep Sage 🎸

 

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Artista🎸Gouge Away
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Gêneros: Hardcore punk, Post-hardcore, Shoegaze
Gravadora: Deathwish Inc.
Lançamento: 15 de março de 2024 / Escute no Spotify

A canção "Deep Sage / Sábio profundo" da banda Gouge Away explora temas filosóficos relacionados à percepção da realidade, à busca pelo significado e à luta contra a alienação. letra inicia com a repetição de "Stuck in a dream" ("Preso em um sonho"), sugerindo uma sensação de aprisionamento em uma realidade ilusória ou desconectada. expressão "Such a deep sleep, forgot to breathe" ("Um sono tão profundo, esqueci de respirar") pode indicar um estado de inconsciência ou negligência em relação à própria existência.

A repetição constante dessas frases reflete a monotonia e a sensação de estar preso em um ciclo interminável, o que pode ser interpretado como uma crítica à rotina diária que leva à alienação. linha "Redundancy, a boring thing, no in-betweens of the extremes" ("Redundância, uma coisa entediante, sem meios-termos entre os extremos") sugere uma falta de nuances na experiência de vida, apontando para uma existência polarizada e sem profundidade.

A canção também aborda a luta interna para despertar dessa apatia, como evidenciado na súplica "God, I just want to wake up" ("Deus, eu só quero acordar"). Essa linha pode ser vista como um desejo de alcançar uma consciência mais elevada ou uma compreensão mais profunda da realidade.

Filosoficamente, a música ressoa com conceitos existencialistas, especialmente a ideia de que os indivíduos muitas vezes vivem em um estado de "má-fé", onde estão desconectados de sua verdadeira essência e propósito. repetição e a monotonia descritas na letra podem ser vistas como uma representação da vida cotidiana que leva à alienação, um tema comum na filosofia existencialista.

Além disso, a referência a "Clouds are not as soft as they seem, stars always glisten the same" ("As nuvens não são tão suaves quanto parecem, as estrelas sempre brilham da mesma forma") pode sugerir que as percepções superficiais da realidade são enganosas, e que uma compreensão mais profunda revela uma verdade mais dura ou constante. Em suma, "Deep Sage" pode ser interpretada como uma reflexão sobre a luta contra a alienação e a busca por autenticidade em um mundo que frequentemente promove a conformidade e a superficialidade.

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"Deep Sage" - Gouge Away  

It was clear where I was standing

Era claro onde eu estava parado  

But ahead it was a deep sage

Mas à frente havia um sábio profundo

It was clear where I was standing

Era claro onde eu estava parado  

But ahead it was deep deep deep

Mas à frente era profundo, profundo, profundo  

I have a tendency

Tenho a tendência  

To get in over my head lately

De me afundar ultimamente

Hypnotized by the branches bouncing

Hipnotizado pelos galhos balançando  

Wishing that it could be that easy

Desejando que pudesse ser tão fácil  

And it seems so bleak

E parece tão sombrio  

So we close our eyes and breathe

Então fechamos os olhos e respiramos  

And try to be here now

E tentamos estar aqui agora  

But I don't know how

Mas eu não sei como  

And it seems so bleak

E parece tão sombrio 

So we close our eyes and breathe

Então fechamos os olhos e respiramos  

And try to be here now

E tentamos estar aqui agora  

But look around

Mas olhe ao redor  

It was clear whеre I was standing

Era claro onde eu estava parado 

But ahead it was so deep

Mas à frente era tão profundo 

It was clear whеre I was standing

Era claro onde eu estava parado  

But ahead it was deep deep deep

Mas à frente era profundo, profundo, profundo  

And lately the greater meaning

E ultimamente o maior significado 

Being unknowing

Tem sido o não saber 

It feels too heavy lately

Tem parecido pesado demais ultimamente  

It feels too heavy

Tem parecido pesado demais  

Try to count down from ten

Tente fazer uma contagem regressiva a partir de dez

But keep getting lost in my own head

Mas continuo me perdendo na minha própria cabeça

Try to be here now

Tente estar aqui agora

But look around and around and around and around and

Mas olhe ao redor e ao redor e ao redor e ao redor e

And it seems so bleak

E parece tão sombrio

So we close our eyes and breathe

Então fechamos os olhos e respiramos

And try to be here now

E tente estar aqui agora

But I don't know how

Mas eu não sei como

And it seems so bleak

E parece tão sombrio

So we close our eyes and breathe

Então fechamos os olhos e respiramos

And try to be here now

E tente estar aqui agora

But look around

Mas olhe ao redor

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A música reflete uma sensação de perda e confusão, representada pela metáfora da "profundidade" à frente, simbolizando o desconhecido ou um estado emocional difícil. Há também uma luta para estar presente no momento ("try to be here now"), algo que ressoa com temas do existencialismo e mindfulness.  

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