terça-feira, 22 de julho de 2025

OZZY OSBOURNE (1948 - 2025)

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🧠 Ozzy Osbourne: A Carreira do Príncipe das Trevas

John Michael "Ozzy" Osbourne nasceu em 1948 na Inglaterra e ficou conhecido mundialmente como o “Príncipe das Trevas” do heavy metal. Ele ganhou notoriedade como vocalista da banda Black Sabbath, formada no final dos anos 1960, que é considerada a criadora do heavy metal. Com sua voz marcante e estilo excêntrico, Ozzy ajudou a definir o som sombrio e pesado que se tornaria o pilar do metal mundial. O cantor faleceu nesta terça-feira, 22 de Julho de 2025, aos 76 anos, e pôde se despedir do público 17 dias antes no festival Back to the Beginning realizado dia 5 de julho.

Carreira no Black Sabbath

Ozzy foi o vocalista original e o rosto do Black Sabbath, banda formada em 1968 em Birmingham, Inglaterra, ao lado de Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo) e Bill Ward (bateria). A banda é amplamente creditada por ter criado o heavy metal, infundindo elementos de blues-rock com temas sombrios, riffs pesados e uma atmosfera sinistra.

Os álbuns do Black Sabbath com Ozzy são considerados pilares do gênero:

  • "Black Sabbath" (1970): O álbum de estreia que, com sua faixa-título assustadora e a música "The Wizard", estabeleceu o tom e a sonoridade inovadora da banda, inaugurando o heavy metal.

  • "Paranoid" (1970): Lançado no mesmo ano, este álbum é um marco absoluto, com hits como "Paranoid", "Iron Man" e "War Pigs". Solidificou a reputação da banda e é um dos álbuns mais influentes da história do rock.

  • "Master of Reality" (1971): Continua a exploração de riffs mais pesados e afinações baixas, com faixas notáveis como "Sweet Leaf" e "Children of the Grave".

  • "Vol. 4" (1972): Apresentou uma sonoridade mais experimental, mas ainda com a base pesada característica do Sabbath, incluindo músicas como "Snowblind" e "Supernaut".

  • "Sabbath Bloody Sabbath" (1973): Um álbum aclamado pela crítica, mostrando uma evolução na complexidade musical da banda.

  • "Sabotage" (1975): Marcou um retorno à agressividade inicial da banda, mas também com elementos progressivos.

  • "Technical Ecstasy" (1976) e "Never Say Die!" (1978): Os últimos álbuns com Ozzy antes de sua saída. Embora não tão aclamados quanto os anteriores, ainda contêm momentos fortes e mostram a banda experimentando com diferentes estilos.

Ozzy foi demitido do Black Sabbath em 1979 devido a problemas com abuso de substâncias, marcando o fim de uma era.

Carreira Solo

Após sua saída do Black Sabbath, Ozzy embarcou em uma surpreendentemente bem-sucedida carreira solo, gerenciada por sua futura esposa, Sharon Arden. Ele conseguiu se reinventar, mantendo sua imagem de "Príncipe das Trevas" enquanto criava um som que misturava seu estilo vocal característico com guitarristas virtuosos.

Alguns dos álbuns solo de destaque de Ozzy incluem:

  • "Blizzard of Ozz" (1980): Este álbum de estreia solo é um clássico instantâneo, impulsionado pela genialidade do guitarrista Randy Rhoads. Contém hinos como "Crazy Train" e "Mr. Crowley", que se tornaram marcas registradas de sua carreira solo.

  • "Diary of a Madman" (1981): O segundo e último álbum com Randy Rhoads antes de sua trágica morte. Mantendo o alto nível de composição e performance, com faixas como "Over the Mountain" e a faixa-título.

  • "Bark at the Moon" (1983): O primeiro álbum após a morte de Rhoads, apresentando Jake E. Lee na guitarra. É conhecido pela faixa-título e uma estética mais teatral.

  • "The Ultimate Sin" (1986): Continuou a explorar um som mais polido, com canções como "Shot in the Dark".

  • "No More Tears" (1991): Um dos álbuns mais bem-sucedidos comercialmente de Ozzy, com Zakk Wylde na guitarra. Apresenta hits como "Mama, I'm Coming Home" e a épica faixa-título.

  • "Ozzmosis" (1995): Marcou o retorno de Zakk Wylde e incluiu faixas como "Perry Mason".

  • "Down to Earth" (2001): Um álbum que reflete uma fase mais madura de sua vida.

  • "Black Rain" (2007): Apresentou uma sonoridade mais pesada e moderna.

  • "Ordinary Man" (2020) e "Patient Number 9" (2022): Últimos álbuns lançados mesmo com problemas de saúde, Ozzy continuou ativo na música, colaborando com diversos artistas e recebendo aclamação da crítica e prêmios Grammy.

Ozzy Osbourne (1948-2025) não foi apenas um vocalista; ele tornou-se uma lenda que ajudou a moldar um gênero musical inteiro e uma figura influente na cultura pop, tanto por sua música quanto por sua personalidade excêntrica.




O show "Back to the Beginning" de Ozzy Osbourne e Black Sabbath foi um evento monumental, marcando uma despedida emocionante e histórica para o "Príncipe das Trevas" e, em certa medida, para o Black Sabbath. Realizado em 5 de julho de 2025, no Villa Park em Aston, Birmingham, Inglaterra (a cidade natal da banda), este concerto não foi apenas uma performance, mas uma celebração e um tributo ao legado que eles construíram.

O Contexto e a Importância
O show foi anunciado como a última performance de Ozzy Osbourne e um retorno da formação original do Black Sabbath (Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward) ao palco juntos pela primeira vez em 20 anos. A importância do evento foi ampliada pelo fato de que Ozzy tem enfrentado problemas de saúde, incluindo a doença de Parkinson, o que adicionou um peso emocional à sua despedida.

Um dos aspectos mais notáveis do "Back to the Beginning" foi seu propósito beneficente. Todos os lucros do show, que totalizaram cerca de £140 milhões (o que o tornou o concerto beneficente de maior bilheteria de todos os tempos, segundo alguns relatos), foram doados para instituições de caridade locais, como o Acorns Children's Hospice, o Birmingham Children's Hospital e a Cure Parkinson's.

A Estrutura do Show
O evento foi uma maratona de 10 horas, começando cedo e indo até o toque de recolher local. Contou com uma programação repleta de estrelas e supergrupos de músicos, com o diretor musical Tom Morello (Rage Against the Machine) orquestrando muitas colaborações no palco. A lista de artistas convidados incluiu nomes gigantes do rock e metal, como Metallica, Guns N' Roses, Slayer, Pantera, Alice in Chains, Anthrax, Mastodon, entre outros, que se apresentaram e tocaram covers do Black Sabbath em homenagem.

Ozzy Osbourne subiu ao palco para seu set solo, apresentando clássicos como "I Don't Know", "Mr. Crowley", "Suicide Solution", "Mama, I'm Coming Home" e "Crazy Train". Para muitos fãs, o momento mais tocante foi "Mama, I'm Coming Home", que Ozzy não tocava ao vivo há sete anos e dedicou a Sharon, seus filhos e Birmingham. Dada sua condição de saúde, Ozzy se apresentou sentado em um trono com um morcego no encosto, mas sua voz e presença de palco ainda brilharam.

O ápice da noite foi, sem dúvida, a reunião do Black Sabbath. Ozzy, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward tocaram músicas icônicas como "War Pigs", "N.I.B.", "Iron Man" e "Paranoid", proporcionando aos fãs um último vislumbre da química que definiu o heavy metal.

Impacto e Legado
O "Back to the Beginning" foi mais do que um concerto; foi um evento global. Além dos 45.000 fãs presentes no Villa Park, milhões assistiram via livestream pago. A magnitude da produção, a lista de convidados estelares e a performance histórica do Black Sabbath garantiram que este show será lembrado por muito tempo.

Para aqueles que não puderam estar lá, um filme do concerto intitulado "Back to the Beginning: Ozzy's Final Bow" será lançado nos cinemas em 2026, seguido por um lançamento em DVD e Blu-ray. Além disso, um documentário chamado "Ozzy Osbourne: No Escape From Now" detalhou os desafios de saúde de Ozzy e a preparação para o show, oferecendo uma visão ainda mais profunda dos bastidores.

O show foi uma prova do impacto duradouro de Ozzy Osbourne e Black Sabbath na música e na cultura. Foi uma despedida emotiva e triunfante para o padrinho do heavy metal, que, mesmo com as adversidades, entregou uma performance memorável para seus fãs e para a história do rock.


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