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Sepultura é uma banda brasileira de heavy metal formada em
1984 pelos irmãos Max e Igor Cavalera em Belo Horizonte, Minas Gerais.
A banda ganhou destaque na década de 1990 com álbuns como Arise e Chaos
A.D., tornando-se uma forte influência para bandas de death metal, groove
metal e nu metal. O nome "Sepultura" surgiu quando Max Cavalera
traduziu a música "Dancing on Your Grave" do Motörhead, associando
"grave" à palavra "sepultura" em português.
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Formação e História
A formação original incluía Igor Cavalera na bateria, Max Cavalera
na guitarra, Paulo Jr. no baixo e Wagner Lamounier nos vocais. Wagner
Lamounier deixou a banda para formar o Sarcófago, e Max assumiu os vocais, com
Jairo Guedez entrando como segundo guitarrista. Em 1987, Andreas Kisser
substituiu Jairo Guedez, resultando na formação clássica que durou dez anos.
O Sepultura surgiu sob influências de bandas de heavy metal como Black Sabbath,
Van Halen, Iron Maiden, Motörhead, AC/DC e Judas Priest. Após conhecer
outras bandas em São Paulo, eles começaram a ouvir Hellhammer/Celtic Frost,
Kreator, Sodom, Megadeth, Exodus e Exciter, o que formou a base do futuro som
do Sepultura.
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Primeiros Lançamentos e Reconhecimento
Em 1985, a Cogumelo Records contratou a banda, resultando no
EP Bestial Devastation, gravado em dois dias. Em novembro de 1986,
lançaram Morbid Visions, um dos primeiros álbuns de death metal/black metal
do mundo. A banda começou a ganhar reconhecimento na cena underground,
especialmente com a música "Troops of Doom".
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Sucesso e Mudanças
Na década de 1990, o Sepultura alcançou renome mundial Em 1996, lançaram o álbum *Roots*, que incorporou influências da música
indígena e gravações na tribo Xavante. Faixas como "Roots Bloody
Roots", "Territory", "Slave New World" e
"Ratamahatta" tornaram-se grandes sucessos. Em dezembro de 1996,
Max Cavalera deixou a banda após desentendimentos relacionados à administração
da banda. O Sepultura anunciou o fim da banda com uma turnê de despedida.
Sucesso e Temáticas
O Sepultura alcançou renome mundial na década de 1990. Em
1996, lançaram o álbum *Roots*, que incorporou influências da música indígena e
gravações na tribo Xavante.
As letras do Sepultura abordam temas como:
Identidade
Cultural e Resistência: A música "Roots Bloody Roots" é um
manifesto em defesa da cultura e da identidade, fazendo referência à história
de luta e resistência dos povos indígenas e afro-brasileiros. A letra é um
chamado para que as pessoas se conectem com suas origens, expressando orgulho e
resistência contra a homogeneização cultural.
Crítica Social e
Resistência: "Refuse/Resist" é um hino de resistência e crítica
social que reflete a insatisfação popular diante de um sistema opressor. A
letra retrata um cenário distópico com violência e repressão, incentivando a
desobediência civil.
Manipulação e
Hipocrisia: "Propaganda" é uma crítica à manipulação e à hipocrisia
presentes na sociedade, especialmente na mídia. A letra questiona a falta de
compreensão e a manipulação da verdade para servir a interesses específicos,
chamando à resistência individual e à busca pela verdade.
Luta e
Superação: A letra de "Attitude" fala sobre a luta diária na 'vida
real', sugerindo que essa batalha é necessária para moldar a alma e a mente
para um estado de guerra.
"A Divina
Comédia" de Dante Alighieri: O álbum Dante XXI é baseado no livro
"A Divina Comédia" de Dante Alighieri, e cada parte do livro é recontada
através do som pesado da banda.
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Discografia do Sepultura – Todos os Álbuns de Estúdio com breves comentários
1. Morbid Visions (1986)
O álbum de estreia do Sepultura traz um death/thrash metal cru e brutal, com forte influência de bandas como Venom, Slayer e Celtic Frost. A produção é tosca, mas faixas como "Troops of Doom" já mostravam o potencial da banda.
2. Schizophrenia (1987)
O segundo álbum marca uma grande evolução técnica e de composição. A produção melhorou, e a banda começou a desenvolver um som mais próprio. Músicas como "Escape to the Void" e "To the Wall" consolidaram o Sepultura como uma das promessas do thrash metal.
3. Beneath the Remains (1989)
Aqui o Sepultura alcançou um nível internacional, com produção de Scott Burns, um dos maiores nomes do metal na época. O álbum mistura agressividade e técnica em faixas como "Inner Self" e "Stronger Than Hate", sendo considerado um dos melhores álbuns de thrash metal da história.
4. Arise (1991)
Com Arise, o Sepultura consolidou-se como um dos gigantes do thrash metal mundial. O som é mais polido e as composições mais dinâmicas. Músicas como "Arise", "Dead Embryonic Cells" e "Altered State" são hinos do gênero.
5. Chaos A.D. (1993)
Esse álbum marcou uma mudança radical no som da banda. O Sepultura incorporou elementos de groove metal e música tribal, tornando-se mais cadenciado e pesado. Faixas como "Refuse/Resist", "Territory" e "Kaiowas" são icônicas e influenciaram o metal dos anos 90.
6. Roots (1996)
O álbum mais polêmico da banda. Com Roots, o Sepultura mergulhou na cultura indígena brasileira, misturando percussão tribal ao groove metal. Foi um sucesso comercial, mas dividiu os fãs. Faixas como "Roots Bloody Roots", "Attitude" e "Ratamahatta" se tornaram clássicos.
Após Roots, Max Cavalera saiu da banda, iniciando uma nova fase para o Sepultura.
7. Against (1998)
O primeiro álbum sem Max Cavalera teve Derrick Green nos vocais. A recepção foi mista, pois muitos fãs ainda não aceitavam a mudança. No entanto, músicas como "Choke" e "Against" mostraram que a banda ainda tinha força.
8. Nation (2001)
Esse álbum tentou criar um conceito sobre uma "nação alternativa" de resistência, mas foi mal recebido por muitos fãs. Ainda assim, músicas como "Sepulnation" e "One Man Army" mostram bons momentos.
9. Roorback (2003)
Um álbum subestimado, Roorback trouxe um thrash/groove metal mais direto e agressivo. Faixas como "Mind War" e "Apes of God" mostraram uma banda mais coesa e renovada.
10. Dante XXI (2006)
Inspirado na obra A Divina Comédia, de Dante Alighieri, esse álbum trouxe um thrash metal moderno e progressivo, com músicas que representam Inferno, Purgatório e Paraíso. Faixas como "Convicted in Life" e "Ostia" são destaques.
11. A-Lex (2009)
Baseado no livro Laranja Mecânica, esse álbum seguiu a linha conceitual, mas com uma recepção dividida. Músicas como "Moloko Mesto" e "We've Lost You!" mostram boas ideias, mas a produção não agradou a todos.
12. Kairos (2011)
Um álbum que voltou às raízes do thrash metal. Com um som mais pesado e direto, Kairos foi bem recebido pelos fãs. Destaques para "Mask" e "Relentless".
13. The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart (2013)
Com um título inspirado no filme Metrópolis, esse álbum trouxe uma pegada mais brutal e caótica, se aproximando do death metal em algumas faixas. "The Vatican" e "Trauma of War" são grandes destaques.
14. Machine Messiah (2017)
Com uma produção impecável, Machine Messiah trouxe uma mistura de thrash metal, groove e influências progressivas. A faixa-título e "Phantom Self" mostram um Sepultura renovado e ambicioso.
15. Quadra (2020)
Um dos álbuns mais elogiados da era Derrick Green, Quadra é um álbum conceitual sobre numerologia e equilíbrio. Tem uma produção impressionante e músicas como "Isolation" e "Fear, Pain, Chaos, Suffering" mostram a maturidade da banda.
Conclusão
O Sepultura passou por diferentes fases e mudanças, mas sempre manteve sua identidade única. Dos primórdios do death/thrash metal, passando pelo groove metal e elementos tribais, até a fase mais progressiva e conceitual, a banda mostrou coragem para evoluir e se reinventar.
Mesmo sem Max e Igor Cavalera, o Sepultura continua sendo uma das bandas mais importantes do metal mundial, e sua discografia prova isso. 🔥🤘
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