O Autopsy é uma das bandas mais viscerais e influentes do death metal, surgida no final dos anos 80 na Califórnia. Liderados pelo inconfundível Chris Reifert, ex-baterista do Death, eles pavimentaram um caminho sonoro brutal e pútrido, com letras que exploram o horror da morte e da decomposição de forma gráfica e perturbadora. A sonoridade característica do Autopsy mistura riffs pesados e lentos com momentos de velocidade e caos, criando uma atmosfera densa e sufocante.
Agora, vamos mergulhar nas doze faixas de "Mental Funeral":
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"Twisted Mass of Burnt Decay" (2:15): A faixa de abertura já te joga de cabeça no universo macabro do Autopsy. Com um riff inicial lento e arrastado, a música rapidamente ganha intensidade com a bateria implacável de Reifert e os vocais guturais e cavernoso. É um cartão de visitas perfeito para o álbum, estabelecendo o tom sombrio e a atmosfera de putrefação.
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"In the Grip of Winter" (4:08): Uma faixa mais cadenciada e atmosférica, "In the Grip of Winter" explora um lado mais melancólico e opressor do Autopsy. Os riffs são densos e carregados de doom, criando uma sensação de frio e desespero. O vocal de Reifert soa ainda mais torturado, transmitindo agonia e sofrimento.
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"Fleshcrawl" (0:36): Um interlúdio rápido e brutal, "Fleshcrawl" é um ataque sonoro direto e sem rodeios. Com um riff simples e agressivo e um vocal urrado, a faixa serve como uma breve descarga de violência antes de mergulharmos novamente em atmosferas mais elaboradas.
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"Torn from the Womb" (3:19): Retornando à sonoridade mais tradicional do death metal, "Torn from the Womb" apresenta riffs rápidos e pesados, com mudanças de ritmo que mantêm o ouvinte engajado. A letra, como de costume, explora temas de nascimento grotesco e horror corporal.
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"Slaughterday" (4:04): Um dos clássicos do álbum, "Slaughterday" é um hino de brutalidade. O riff principal é memorável e devastador, e a música possui uma energia contagiante, mesmo em meio à temática sombria. Os solos de guitarra sujos e caóticos adicionam uma camada extra de insanidade.
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"Dead" (3:18): Direta e implacável, "Dead" é uma faixa que não perde tempo. Com riffs rápidos e agressivos e uma bateria frenética, a música evoca a sensação de urgência e inevitabilidade da morte. O vocal de Reifert soa particularmente raivoso e desesperado.
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"Robbing the Grave" (4:20): Uma faixa mais elaborada, "Robbing the Grave" apresenta mudanças de ritmo interessantes e riffs que variam entre o peso e a melodia sombria. A letra explora a profanação de túmulos e a morbidez da obsessão pela morte.
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"Hole in the Head" (6:03): A faixa mais longa do álbum, "Hole in the Head" é uma jornada sonora através do horror. A música constrói uma atmosfera opressora com riffs lentos e pesados, intercalados com momentos de explosão e caos. O vocal de Reifert varia entre o gutural profundo e gritos lancinantes, intensificando a sensação de tormento.
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"Destined to Fester" (4:34): Retornando a uma sonoridade mais direta, "Destined to Fester" apresenta riffs rápidos e agressivos, com uma bateria pulsante e um baixo proeminente. A letra aborda a inevitabilidade da decomposição e o horror da carne em putrefação.
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"Bonesaw" (0:45): Outro interlúdio brutal e conciso, "Bonesaw" é um ataque sonoro rápido e visceral, evocando a imagem de um instrumento cortando ossos. É uma breve descarga de violência que prepara o terreno para as faixas finais.
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"Dark Crusade" (3:55): "Dark Crusade" apresenta uma sonoridade mais épica e sombria, com riffs melódicos e pesados que criam uma atmosfera de desespero e destruição. O vocal de Reifert soa particularmente carregado de angústia, transmitindo a sensação de uma batalha sombria e sem esperança.
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"Mental Funeral" (0:37): A faixa título, embora curta, é um final apropriadamente sombrio e perturbador. Com um riff lento e dissonante e um vocal gutural e cavernoso, a música deixa uma sensação de opressão e insanidade, como se a mente estivesse sendo enterrada viva.
Em suma, "Mental Funeral" é um álbum essencial para os fãs de death metal. Ele solidifica a reputação do Autopsy como uma das bandas mais brutais e inovadoras do gênero, explorando temas de horror e morte de forma visceral e sem concessões. Cada faixa contribui para a atmosfera densa e perturbadora do álbum, tornando-o uma experiência sonora inesquecível (e talvez um pouco perturbadora).
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