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álbum Minas Morgul da banda Summoning, lançado em 1995, é um marco importante no desenvolvimento do estilo dungeon synth e do black metal atmosférico. A banda, composta por Protector (Richard Lederer) e Silenius (Michael Gregor), é conhecida por suas composições épicas e atmosféricas, fortemente inspiradas na obra de J.R.R. Tolkien. Minas Morgul é o segundo álbum da banda e consolida sua abordagem única, combinando elementos de black metal com camadas densas de teclados, vocais rasgados e uma narrativa que evoca o universo de O Senhor dos Anéis.
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BREVE ANÁLISE DAS FAIXAS
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1. "Soul Wandering"
Análise: A abertura do álbum é instrumental e cria uma atmosfera sombria e misteriosa, com teclados melancólicos e uma sensação de desolação. A faixa serve como uma introdução ao mundo sombrio de Mordor, preparando o ouvinte para a jornada épica que se segue.
Destaque: A ambientação é imersiva, com uma sensação de isolamento e grandiosidade.
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2. "Lugburz"
Análise: Esta faixa traz os vocais rasgados característicos do black metal, combinados com teclados atmosféricos e batidas repetitivas. A letra faz referência à torre de Lugburz, uma fortaleza de Sauron, reforçando a temática tolkieniana.
Destaque: A combinação entre a agressividade do black metal e a atmosfera épica dos teclados cria uma sensação de batalha e poder.
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3. "The Passing of the Grey Company"
Análise: Uma das faixas mais longas do álbum, esta música é uma jornada épica que evoca a marcha dos Dúnedain. Os teclados dominam a composição, com melodias que alternam entre melancolia e triunfo.
Destaque: A progressão lenta e majestosa da música reflete a grandiosidade da narrativa tolkieniana.
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4. "Morthond"
Análise: Com uma introdução suave de teclados, esta faixa explora a atmosfera sombria do vale de Morthond. A música é mais lenta e introspectiva, com vocais guturais que parecem ecoar de um abismo.
Destaque: A sensação de desolação e mistério é palpável, reforçada pela produção crua e atmosférica.
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5. "Marching Homewards"
Análise: Esta faixa tem um caráter mais melódico e melancólico, com teclados que evocam uma sensação de nostalgia e tristeza. O título sugere uma marcha de retorno, talvez de uma batalha ou jornada, e a música transmite uma mistura de alívio e pesar. Os vocais guturais são usados de forma mais esparsa, dando destaque aos teclados e à atmosfera.
Destaque: A melodia principal é cativante e emocional, criando uma sensação de reflexão sobre perdas e conquistas. A ambientação é sombria, mas com um toque de esperança.
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6. "Orthanc"
Análise: Esta faixa é uma homenagem à torre de Orthanc, a fortaleza de Saruman. A música é mais rítmica, com batidas marcantes e teclados que criam uma sensação de poder e imponência.
Destaque: A combinação entre os elementos de black metal e a ambientação épica é particularmente eficaz aqui.
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7. "Ungoliant"
Análise: Ungoliant é uma das criaturas mais sombrias e misteriosas do legendário de Tolkien, e essa faixa captura perfeitamente sua essência. A música é densa e opressiva, com teclados que criam uma atmosfera de escuridão e perigo. Os vocais rasgados e ecoados parecem emergir das sombras, reforçando a temática da aranha gigante e maligna.Destaque: A faixa é hipnótica e assustadora, com uma progressão lenta que envolve o ouvinte em uma teia de sombras e mistério. A produção crua do álbum contribui para a sensação de desolação.
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8. "Dagor Bragollach"
Análise: Referenciando a Batalha da Chama Súbita, uma das grandes guerras da Terra-média, esta faixa é uma das mais intensas do álbum. Os vocais são agressivos, e os teclados criam uma atmosfera caótica e dramática.
Destaque: A sensação de batalha e destruição é transmitida de forma vívida.
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Análise: Esta faixa é mais atmosférica e lenta, com teclados que evocam a escuridão e o mistério da floresta de Dol Guldur. A música é hipnótica e transporta o ouvinte para um mundo sombrio e perigoso.
Destaque: A ambientação é o ponto forte, com uma sensação de perigo iminente.
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10. "The Legend of the Master-Ring" (5:27)
Análise: Esta faixa é uma das mais emblemáticas do álbum, capturando a essência da mitologia tolkieniana em torno do Um Anel. A música começa com teclados sombrios e melódicos, que gradualmente constroem uma atmosfera épica e misteriosa. Os vocais guturais são usados de forma intermitente, quase como se fossem sussurros ecoando de um passado distante. A letra, como é típico do Summoning, não é claramente discernível, mas a entonação e a entrega vocal reforçam a temática de poder e corrupção associada ao Um Anel.
Destaque: A melodia dos teclados é cativante e hipnótica, criando uma sensação de grandiosidade e tragédia. A faixa não é tão longa quanto outras do álbum, mas consegue transmitir uma narrativa poderosa em seus 5 minutos e meio. A produção crua e atmosférica do álbum contribui para a sensação de que o ouvinte está diante de uma lenda antiga e sombria.
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11. "Dor Daedeloth" (10:15)
Análise: A faixa mais longa do álbum, "Dor Daedeloth", é uma verdadeira epopeia sonora. O título refere-se à "Terra da Sombra Morta", uma região próxima a Angband, a fortaleza de Morgoth. A música começa com teclados majestosos e sombrios, que gradualmente constroem uma atmosfera de grandiosidade e terror. Os vocais guturais são usados de forma intermitente, quase como se fossem gritos ecoando de um abismo.
Destaque: A estrutura da música é complexa, com várias camadas de teclados e percussão que criam uma sensação de movimento e progressão. A faixa alterna entre momentos calmos e intensos, culminando em um clímax poderoso que evoca a magnitude do mal de Morgoth. A duração prolongada permite uma imersão total na atmosfera criada pela banda.
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Considerações Finais:
Minas Morgul é um álbum que combina agressividade e atmosfera de forma única, criando uma experiência sonora que transporta o ouvinte para o mundo de Tolkien. A produção crua e os teclados densos são marcas registradas do Summoning, e este álbum é um exemplo perfeito de sua abordagem. Cada faixa contribui para a narrativa épica, tornando o álbum uma jornada imersiva e memorável. Para fãs de black metal atmosférico e da obra de Tolkien, Minas Morgul é uma obra essencial.
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