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Dol Guldur é o terceiro álbum do Summoning lançado em 1997 e marca um afastamento ainda maior do black metal tradicional em direção a um som mais ambiente e atmosférico. A banda abraça teclados densos, percussão minimalista e vocais guturais ecoados, criando uma atmosfera que parece transportar o ouvinte para as paisagens sombrias e majestosas da Terra-média.
Este álbum representa a consolidação do estilo único da banda, que combina elementos de black metal atmosférico com dungeon synth, criando uma experiência sonora épica e imersiva profundamente inspirada na obra de J.R.R. Tolkien. O título do álbum refere-se à fortaleza sombria de Dol Guldur, localizada na Floresta das Trevas, e cada faixa do álbum contribui para construir uma narrativa sonora que evoca o universo mitológico de Tolkien.
Dol Guldur frequentemente é considerado um marco no gênero dungeon synth e uma referência para bandas que buscam criar música atmosférica com temáticas épicas e fantásticas.
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Obs: Dungeon synth é um gênero de música eletrônica que mescla elementos de black metal e dark ambient. O estilo surgiu no início dos anos 1990, predominantemente entre os membros da cena black metal norueguesa inicial.
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BREVE ANÁLISE DAS FAIXAS
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1. "Angbands Schmieden" ("Forges of Angband") (3:30)
Análise: A abertura do álbum é instrumental e cria uma atmosfera grandiosa e sombria, com teclados que evocam a forja de Angband, a fortaleza de Morgoth. A música é lenta e majestosa, preparando o ouvinte para a jornada épica que se segue.
Destaque: A ambientação é imersiva, com uma sensação de poder e escuridão.
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2. "Nightshade Forests" (10:49)
Análise: Esta faixa traz os vocais guturais característicos do black metal, combinados com teclados atmosféricos e percussão marcante. A música evoca a escuridão e o mistério das florestas sombrias de Tolkien.
Destaque: A combinação entre a agressividade do black metal e a atmosfera épica dos teclados cria uma sensação de perigo e mistério.
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3. "Elfstone" (10:51)
Análise: Uma das faixas mais melódicas do álbum, "Elfstone" é uma homenagem à pedra élfica, um símbolo de esperança e luz. Os teclados dominam a composição, com melodias que alternam entre melancolia e beleza.
Destaque: A melodia principal é cativante e emocional, criando uma sensação de nostalgia e esperança.
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4. "Khazad Dûm" (10:58)
Análise: Referenciando as minas de Khazad Dûm, esta faixa é uma das mais intensas do álbum. Os vocais são agressivos, e os teclados criam uma atmosfera caótica e dramática.
Destaque: A sensação de batalha e destruição é transmitida de forma vívida.
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5. "Kôr" (11:00)
Análise: Esta faixa é mais lenta e introspectiva, com teclados que evocam a antiga cidade élfica de Kôr. A música é hipnótica e transporta o ouvinte para um mundo de beleza e tristeza.
Destaque: A ambientação é o ponto forte, com uma sensação de perda e grandiosidade.
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6. "Wyrmvater Glaurung" (3:05)
Análise: Esta faixa é uma homenagem a Glaurung, o primeiro dos dragões de Morgoth. A música é densa e opressiva, com teclados que criam uma atmosfera de poder e terror.
Destaque: A combinação entre os elementos de black metal e a ambientação épica é particularmente eficaz aqui.
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7. "Unto a Long Glory..." (9:37)
Análise: A penúltima faixa do álbum é uma epopeia sonora que resume a temática do disco. Com mais de 9 minutos de duração, a música alterna entre momentos calmos e intensos, com teclados majestosos e vocais guturais.
Destaque: A grandiosidade e a complexidade da faixa a tornam um fecho perfeito para o álbum.
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8. "Over Old Hills" (8:58)
Análise: Esta faixa é uma versão estendida e mais elaborada de "Kôr". Esta versão traz mais camadas de teclados e uma atmosfera ainda mais densa e hipnótica.
Destaque: A progressão lenta e majestosa da música reflete a grandiosidade da narrativa tolkieniana.
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